sábado, 5 de abril de 2014

A mudança das gertrudinhas

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GERTRUDES

JOÃO CRUZUÉ

Gertrudes é o nome que eu dei a  um belíssimo pé de pimenta malagueta que existe na sala onde trabalho, no Centro de São Paulo. Eu a comprei de um comerciante japonês , em frente ao grande  Mercado Municipal. De uns dois meses para cá, Gertrudes se tornou um dos assuntos preferidos de nossa Seção. Para começar, sua cor vermelha, não é um vermelho qualquer, mas um vermelho-ferrari. Também não é um pé de pimenta comum: Gertrudes é exagerada. Nós contamos 57 pimentas. 

Eu já contei isso, mas é muito hilário contar. Convidei minha antiga Diretora para conhecer a Gertrudes, mas ela pensou que fosse uma mulher. "Escuta, como é esta Gertrudes?" E eu respondi: Ela é ardente! Aí, o mal-entendido se estabeleceu de vez. "O que está acontecendo com o João? Foi só ele mudar de diretoria que já anda colocando as manguinhas de fora... A esposa dele já sabe que ele está  arrastando a asa para esta tal de Gertrudes? E lá fui eu carregando o pé de pimenta para a sala dela, para apresentar a  "ardente" Gertrudes. Ela não me disse nada. Não sei se estava brincando ou se pensou que a Gertrudes era gente.

Fotos de João Cruzué

Foto de João Cruzué

Foto de João Cruzué

Foto de João Cruzué

Bom, como eu imaginei as pimentas da Gertrudes iam murchar e secar, tratei de garantir um eventual risco. Colhi uma entre as 57 pimentas do pé, abri e plantei em dois vasinhos. Sabe o que aconteceu? Incrível, nasceram mais de 40 pimentinhas. 

Quatro delas você pode ver nos dois vasos claros, acima. Aliás, vou dizer onde comprei estes lindos vasos: Foi na Rua São Caetano! Se você pensou que alí só há vestidos de noivas, já pode ver que tem muito mais. Tem duas casas enormes de produtos agrícolas, veterinários, jardinagem, ferramentas, sementes, bulbos de flores, adubos, saquinhos de polietileno para fazer mudas...etc.

Depois de ter semeado dois vasos com sementes de uma pimenta da Gertrudes, eu as tive de levar para casa.  É que pimenta gosta de sol. Sol direto, seis horas por dia. No escritório só bate sol da manhã. Aí, as plantinhas tinham de virar o "pescoço" para  tomar sol. E nós, de virá-las ao contrário, para que elas se desentortassem. Na minha casa elas  pegam sol direto. Veja as duas fotos abaixo:

Foto de João Cruzué

Foto de João Cruzué


Aqui, mais abaixo, está a Gertrudes sem suas 57 pimentas. Eu fiz a colheita no dia 02 de abril 2014. Se você observar com cuidado nas três fotos a seguir, vai identificar flores e botõezinhos de pimenta malagueta. Ou malaguetona, como me disseram  quando comprei. 

Como eu sou Contador, já fiz o cálculo do custo/benefício da coisa. A colheita de 57 pimentas foi uma estratégia acertada.  Entre botões e flores brancas, se tudo correr bem e o frio não interferir vem aí uma carga de mais de 100 pimentas de uma só vez. Se por acaso isto acontecer, e eu creio que vai, a Gertrudes vai ganhar o prêmio, a Rainha das Malaguetas! Sabe o que é um pé de pimento com um palmo e meio de altura com mais de 100 pimentas vermelho-ferrari? É exagerara ou não é?

                                                                                   Foto de João Cruzué

Foto de João Cruzué

Foto de João Cruzué


Ontem, sexta-feira, 04.4.14, eu passei de novo na Rua São Caetano para comprar mais vasos e adubos. Também voltei no japonês que vende plantas na Rua Cantareira, em frente ao Mercado Municipal, e comprei 20 vasinhos, como estes abaixo, o mesmo vaso onde estava a Gertrudes quando a comprei.  Bem não precisa dizer que eu suei a camisa de verdade, quando cheguei na seção com quatro sacolas com 26 vasos, 26 pratinhos de vaso, 3 kg de superfosfato simples,  01 kg de adubo 04.14.08 e 05 kg de terra orgânica. À noite, tive que sair depois do horário do rush, para transportar tudo isto para minha casa.

Foto de João Cruzué

Eu  sou filho de agricultor. De vez em quando voltava ao sítio para não perder a prática, mas com o tempo fui gostando mais da cidade que do campo. Há mais de quatro anos trabalho no TCE de SP. Lidar com adubos, vasos e plantas é uma forma de manter algumas poucas raízes em minhas origens. Bem, na foto de cima estão os adubos que vou colocar no fundo dos vasos. E na foto de baixo, como faço isto. No vaso da esquerda, você vê um pouco de brita. No sentido horário, terra vermelha sobre a brita e os grãos de dos adubos que você vê acima. Superfosfato no saco de 3kg e adubo de cova, 04.14.08. O terceiro vaso já está totalmente cheio, com brita, terra vermelha, grãos de adubo, e a maior parte de terra orgânica. Em cima  e bem no meio
Foto de João Cruzué

Foto de João Cruzué

Foto de João Cruzué

Foto de João Cruzué


Aqui, abaixo, você já pode ver os vasos cheios de terra e adubados, prontas para receber as Gertrudinhas

Foto de João Cruzué

Foto de João Cruzué


Na foto seguinte, você há pode ver o fruto de um trabalho que consumiu minha manhã inteira. São 21 vasos plantados com gertrudinhas. E estava em um dilema: ou abandonava as plantinhas ou tomava uma decisão mais radical. Tomei. Mas como você pode observar,  na foto abaixo, ainda tem um vaso cheio de mudas. Isto significa que na semana que vem vou ter que plantar outros 20 vasos.

                                                                                         Foto de João Cruzué

Foto de João Cruzué

Foto de João Cruzué

Foto de João Cruzué

Como eu estava com a mão na máquina mesmo, tirei fotos de outras plantas. Para não ficar só com as pimentas, tirei foto da minha violeta, dos lírios vermelhos que trouxe do sítio da minha mãe, de um pequeno pé de manga de Sorocaba, um pé de babosa.


Foto de João Cruzué

Foto de João Cruzué

Foto de João Cruzué

Foto de João Cruzué


Por último, uma foto do pé de manga com as gertrudinhas que ainda restam para plantar.

Foto de João Cruzué




Nota: todas as fotos foram tiradas por mim.

sábado, 15 de setembro de 2012

Meu Quintal Ecologico



COMO É VERDE O MEU QUINTAL

Fotos de João Batista Cruzué

Goiabeira Vermelha
Folhas secas de goiabeira
as minhocas
Húmus de minhoca

Atemoia
O pé de chuchu 
A sociedade dos hortelãs

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O verde  alegria do caqui

 

E o céu azul a espera da Primavera

15 de setembro de 2012

sábado, 8 de setembro de 2012

Fotos para 08 de setembro


Crédito das fotos: João Cruzué
Limão galego - "Citrus aurantiifolia"

Por João Cruzué

Deste pé de limoeiro galego eu colhi um fruto no começo do ano. Tinha sete sementes; todas nasceram. Eu as plantei em sete saquinhos de polietileno. Quatro viajaram para Minas Gerais, meu estado natal. Devem estar com mais de um palmo de altura. Este limão tem um cheiro forte e singular; é o que o diferencia dos outros limões.  Meu saudoso pai, quando fazia rapaduras, espremia o suco de um galego sobre o melado da bica de madeira e agitava para ficar claro, cheiroso e gostoso. Pena que seu fruto seja pequeno.  Aí, é querer demais!

Limão siciliano "Citrus limonia"
Para resolver a preguiça e o tamanho do limão galego, vieram as variedades  "Taiti" e "Siciliano". Grandes, produtivos, de muito suco, mas não tem o cheiro. Eu creio que estes dois frutos acima são de limão siciliano, pois é esférico. O fruto do taiti tem um formato comprido, ou periforme, sei lá.


Mudas de acerola doce -  "Malpighia glabra"

Quem disse  que sementes de acerola são difíceis de nascer? Um desses, eu trouxe de Sorocaba e plantei no meu quintal em São Paulo. Está quase duas vezes maior. Esqueci de dizer, esta variedade de acerola produz um fruto doce. 


Boldo do Chile - "Plectranthus barbatus"
Estas são folhas de um  verdadeiro "boldo do chile". Este pé já alcança mais de 2 metros de altura. Existe um boldo que não cresce dá em moitas e tem folhas pequenas. O tal é perigoso e venenoso, chegando a produzir convulsões nas pessoas que o tomam frequentemente.


Jabuticabeira  - "Myrciaria cauliflora"
Esta jabuticabeira deve ser uma planta enxertada, pois desde pequena  dá frutos. Eu plantei algumas sementes há muito tempo, de uma variedade grande, do Vale do Ribeira, e mesmo depois de 15 anos, ainda não produziu. Está faltando uma dessas no meu quintal. Adoro jabuticabas.


Mudas de couve - "Brassica oleracea" variedade acephala
Eu retirei estas mudinhas de couve das laterais do caule de um pé de couve maior. Eu ainda não tinha experimentado a propagação dentro de saquinhos. Duas dessas mudinhas já estão aí há quase um mês, as outras, há cerca de uma semana. Veja como todas as cinco estão "felizes" e bem pegadinhas? Quando estiverem com um palmo de altura, vou transferi-las para o lugar definitivo. Bem no centro dessas mudas, existe uma muda diferente. Trata-se de uma muda de café. Curioso, esta semente de café nasceu depois de uns 60 dias. É uma das plantas que mais demora a germinar que já vi.


Tinhorão - "Caladiun bicolor"
Estas folhas têm história. Quando minha cunhada, Dalva, era viva, minha esposa e eu costumávamos descer até o Município de Barra do Turvo, viajando pela Rodovia Régis Bittencourt até o km 551, descendo mais uns 35 km. Lá em baixo, estava a Cidade. Na chácara do casal Dalva e Zezinho tinham muitas árvores. Tinha mangueiras, jaqueira, goiabeira, pupunhas, bananeiras (e marimbondos), urucum, pau-brasil, mandiocas. Certo dia, eu pisei em um minúsculo pé de inhame (tinhorão) colorido. A seca estava terrível. Eu peguei aquela pequena plantinha e trouxe para minha casa. Nos primeiros dois anos ela ficava em um vaso menor. Depois eu a mudei para este balde. Aqui, ela já brotou e secou vários anos. Ela brota de tal forma que cobre todo este balde. Depois de mostrar toda sua "vaidade", creio que lá pelo mês de março, ela murcha suas folhas e fica apenas os tubérculos no solo, para brotar de novo, perto da primavera do ano que vem. Estas folhas lindas, me fazem lembrar de Dalva, minha cunhada mais alegre, que se foi em 1º de maio de 2008.



Mudas de couve - "Brassica oleracea" variedade acephala
Repeteco das mudas de couve, fotografadas de outro ângulo. No meio, a muda de café. As primeiras têm poucos dias. A segunda só para germinar levou cerca de 60 dias. O curioso é que são do mesmo tamanho.












segunda-feira, 24 de novembro de 2008

ABC - Como fazer mudas de plantas em saquinhos



DICAS PRÁTICAS DE FÁCIL EN
TENDIMENTO

Jatobá - 14.12.08
Muda de jatobazeiro com 35 dias, em 14.12.2008

Muda de jatobazeiro com 28 dias

Autor: João Cruzué*

Esta é a terceira vez que deixo meus conhecimentos agrícolas à disposição de quem anda procurando algum texto sobre o assunto, mas não encontra um lugar sequer que ensine a prática disso. Em textos do mesmo assunto, abaixo, neste blog, menciono outras maneiras mais técnicas e científicas como: produzir mudas a partir de estacas da própria planta com o auxílio de "auxima" indutora de raízes, tais como Ácido Indol-acético ou Ácido Indol-butírico. E o top dos método que é a produção de mudas a partir da clonagem de meristemas em pequenos aboratóriosesterilizados. Todavia, vamos tratar aqui apenas da maneira artesanal de fazer mudas, usando sementes e saquinhos de polietilieno. E desta vez, vou deixar o texto mais enxuto, na forma de um roteiro, que pode ser complementado pela leitura do post imediatamente abaixo.

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FERRAMENTAS
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1) Enxada com o cabo.

2) Pá com o cabo.

3) Peneira de arame de crivo médio.

4) Dois baldes de plástico 10L

5) Duas garrafas* PETs de refigerantes (2L) ou de bebida láctea (1L);

6)
Um carrinho de pedreiro

7) Regador de plástico

8) Duas colheres: uma de sopa e outra de chá.

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EMBALAGENS
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8) Um kg de saquinos de polietileno adquiridos em casas agrícolas

a - 15cm altura x 7cm diâmetro, para plantas pequenas: maracujás, citrus
b - 15cm altura x 10cm diâmetro para mangueiras, flamboyants
c - 20 a 25cm altura x 10cm diâmetro para jatobás, abacateiros...


9) Uma lona plástica de uns 2m x 2m

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ADUBOS
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9) Um saco de cal comum de pintar parede

10) Um kg de adubo químico 04.14.08

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SUBSTRATOS
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11) Um carrinho de pedreiro com terra vermelha de barranco(argila)

12) Um carrinho de areia média de construção

13) um carrinho com terra vegetal ou esterco (seco) de bois

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PRIMEIRA ETAPA
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A - Misturar os três substratos.

B - Peneire a mistura e depois a espalhe sobre a lona plástica e deixe por uns 04 dias em sol bem quente para esterilização.

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SEGUNDA ETAPA
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C - Junte a mistura em um monte e abra uma cratera grande. Sobre a lona ou em outro espaço limpo ou acimentado.

D - Encha 03 baldes de água limpa. Na água de cada balde coloque duas colheres de sopa, bem cheias, com cal de parede. A medida de água é suficiente para umedecer a misturar sem transformá-la em barro.

E - Despeje a água dos três baldes na cratera do monte da mistura sem deixar a água vazar.

F - Com a pá ou a enxada vá colocando a terra da mistura dentro da cratera cheia de água. Por fim sem entornar a água mistura toda terra com a água como se fosse uma massa de pedreiro.

Explicação: depois que a terra foi esterilizada no sol ela perdeu vida. Ao juntar a terra misturada com água, a vida vai retornar aos poucos.

G - Deixa a mistura coberta com a lona uns dois dias.

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TERCEIRA ETAPA
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H - leve a mistura umedecida e já quase seca para um lugar sombreado, aonde você vai encher os saquinhos de polietileno com a terra.

I - Encha a garrafa pet cortada ao meio com terra. Abra a boca do saquinho. Coloque o bico da garrafa Pet dentro dele. Encha com apenas um terço dele.

J - Verifique se a Garrafa PET não está grande demais. Ou se o bico está muito estreito. Faça a adequação. Alternativas: Se não gostar da garrafa, mande cortar um pedaço de cano de PVC de duas polegadas de diâmetro e 25cm de comprimento. Ele é adequado para o saquinho de cafeeiro. Tem uma terceira opção, excelente: Use uma PET de bebida láctea (yogurte) de um litro. Basta cortar o fundo; ela é de material muito rijo.

L - Sobre a terra (1/3) colocada no saquinho, ponha uma colher de chá de adubo 04-14-08.

M - Adicione mais um terço de terra.

N - Sobre a terra (2/3) do saquinho coloque duas sementes.

O - Sementes pequenas vão precisar de uma cobertura de um 0,5cm de terra por cima; Exemplo: sementes de verduras, legumes e eucalipto.

P - Sementes de tamanho médio, podem ficar debaixo de 1cm de terra.

Q - Sementes muito grandes (tamanho semente de mangueira) debaixo de dois a três cm.

Detalhe: Se ouver informações científicas, usá-las, no que diz respeito à profundidade de colocação das sementes.
R - Coloque os saquinhos todos juntos e já semeados em lugar escuro ou coberto. A germinação se processa melhor em ausência de Luz. Ex.: O eucalipto se sofrer a luz não nasce.

S - Levar os saquinhos para um lugar onde não sofram ação de dos animais domésticos.

Mudas Maracujá 14.12.08
Mudas de maracujazeiro, variedade azedo da casca roxa

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IRRIGAÇÃO
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T - Deixe claros entre os saquinhos para despejar a água da irrigação para que ela molhe a terra de baixo para cima. No primeiro dia da semeadura pode usar o regador para mollhar de cima para baixo.

U - Sementes não nascem no barro. A terra do saquinho não deve estar nem seca nem barrenta.

V - As mudinhas, uma vez germinadas devem sair da cobertura ou do escuro, sem pegar o sol forte da tarde.

X - Se possível não molhar as folhas das mudas. A água costuma levar embora os minerais. Não descuide um dia sequer da questão irrigação. Você pode perder todo um trabalho se esquecer de irrigar por apenas alguns dias.

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PLANTIO DEFINITIVO
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Z - Normalmente o saquinho de polietileno próprio para cafeeiro(15cm x 7cm) é adequado para mudas com até 15 a 20cm de altura. Se a espécie a ser plantada é uma árvore silvestre, talvez em um segunda semeadura devesse usar uma embalagem de semeadura um pouco maior.

Nota: O Autor é contador público do Município de São Paulo, criado até os 18 anos em sítio da Região Mineira do Vale do Rio Doce, entre as cidades de Caratinga e Governador Valadares.

Sobre o mesmo assunto, de forma mais explicada, neste mesmo blog, abaixo deste post. Clique em
www.eco-view.blogspot.com e depois desça com o mouse até os outros posts
cruzue@gmail.com


Suplemento: Como colocar cabo de madeira na enxada.

Ou matutamente dizendo: como encavar a enxada.

1) Descubra o pé do cabo de madeira(a parte mais larga).

2) Com uma régua ou lápis ou no olho mesmo, marque exatamente a linha do diâmetro em sua base. Seria redundante dizer "meio da base" porque o diâmetro é só no meio.

3)Risque a partir das bordas do diâmetro, uma linha que avance por uns 10cm pelo cabo acima. Ela vai servir de guia para o corte.

4)Use um serrote comum de carpinteiro para fazer este corte. Com bastante cuidado deixe um corte longitudinal, de 10 cm a partir do pé (base do cabo). Se possível com uma abertura de 2 a 3mm.

5) Faça a cunha de madeira. Serre um pedaço de ripa com uns 15cm de comprimento. Com alguma ferramenta de corte, deixe exatamente com a forma de uma cunha. Sua largura deve ser a mes do diâmetro do cabo da enxada.

6) Coloque a enxada no cabo. Com uma sobra de 1,5cm. Ou seja, posição 1,5 acima da base do cabo. Deite a enxada no cabo, isto é, não a deixe nem perpendicular nem na diagonal. qualquer coisa em torno de 60 a 70º. A maneira mais prática de tirar a prova é: Com o corpo ligeiramente dobrado e simulando trabalhar com a ferramenta, busque uma altura para a enxada para que ela não seja prejudicial à coluna vertebral do usuário.

7) Tendo encontrado a inclinação correta da enxada, e cuidando para que ela esteja com uma sobra na base do cabo de 1,5cm, introduza a cunha no vão do cabo, com a ponta ligeiramente inclinada para cima. Dê umas pequenas batidas nesta cunha com um martelo, ou uma marreta. Se ela estiver muito grossa, é bom fazer o desbaste. A parte mais grossa dela (o pé) não pode ser mais que o dobro ou um pouquinho mais, que o vão por onde ela vai entrar para fixar a enxada.

8) Tendo iniciado a colocação da cunha, verifique de novo a inclinação, pois há uma tendência natural à perpendicularização. Ajuste a inclinação através desta ação: desbaste de 02 a 03 mm com uma faca o lado superior da ponta do cabo - onde vai encaixar a enxada. Isto é que vai proporcionar a inclinação, de outra forma aenxada vai ficar muito "em pé". Para os mais técnicos estou falando do ângulo entre o corte da enxada e seu cabo. Em condições normais (sem o desbaste) a tendência é que ele fique com 90º. Eu nunca medi tal inclinação, mas a posição de inclinação ideal é aquela que você não precisa dobrar demais a coluna cervical para fazer suas carpinas.

Concinuando. Depois de ter feito o desbaste e iniciado o processo de encavação, se não tiver nem martelo, nem marreta, nem coisa alguma, comece a bater, de leve, a estremidade da cunha no próprio chão, ou em uma superfície bem dura. Sempre cuidando para que a ponta da cunha entre com uma pequena inclinação(diagonal) para cima, e não de forma reta.

9) Estando tudo certo com os ângulos de inclinação da enxada e da cunha, agora pode bater mais forte. Mas sem força excessiva.

10) Quando a enxada estiver firme no cabo, serre a parte da cunha que sobrou. O segredo de enxada bem fixada está na cunha. Cunhas muito grossas, podem quebrar a ponta do cabo. Cunhas muito finas vão deixar a enxada solta no cabo. A madeira da cunha deve ser, no mínimo, mas dura e durável que a do cabo. Quando ainda existiam, as cunhas de peroba rosa ou de ipê amarelo eram as melhores.

Conclusão:
émais fácil colocar um cabo na enxada, do que descrever o ato de encavar. Para finalizar, uma enxada deve ser encavada com um ângulo agudo, para auxiliar a coluna do usuário. E quanto ao enxadão, deve ser encavado exatamente a quase 90º, ou seja, sem inclinação alguma.

.É isto.

cruzue@gmail.com


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segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Como fazer mudas em saquinhos de polietileno

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Mudas de cidreiras


Como fazer um viveiro de mudas
Com saquinhos de polietileno, de semear o cafeeiro
Autor: João Cruzué

1 - Introdução

Fazer mudas de plantas além de ser um processo dinâmico, é um eterno aprendizado e eu adoro isso. Quero compartilhar com você minha cultura matuta neste negócio, quem sabe não se apaixona também? No decorrer do texto vou grifar algumas palavras de propósito para que pesquise mais na WEB. Conheço três processos de propagação de plantas: semeadura, estaquia e clonagem. Do mais simples ao mais sofisticado. Cada um está ligado à quantidade exigida de mudas.

2 – Processos de propagação

I - Clonagem de meristemas -Por exemplo se alguém precisa plantar, digamos 100 hectares de bananeiras, iria demandar digamos 100 mil mudas. Considerando que cada bananeira leva um ano para produzir duas ou três mudas. Se você estiver começando do zero, quantos anos levará para conseguir tantas mudas? Então neste caso, sei que a EMBRAPA-Mandioca e Fruticultura em Cruz das Almas - Bahia, recomendaria a tecnologia de clonagem de meristemas e a construção de um laboratório/estufa totalmente esterilizado para produzir em um/dois anos as 100 mil mudas. As grandes plantações de eucalipto também recorrem ao mesmo processo.

II - Estaquias - Sobre o processo de propagação, lembro-me bem quando assisti o Globo Rural e certo cultivador de goiabas cortava a ponta dos ramos de goiabeiras adultas, tamanho de uns 15cm – as estacas. Depois utilizava uma auxima de nome Ácido Indolbutírico ou Indolacético, cuja função é induzir artificialmente cada estaca a emitir raízes. Cada estaca (a ponta dos galhos) era fincada em um saquinho de polietileno (lona plástica). Milhares de saquinhos com as estacas eram reunidos em uma estufa para que em temperatura e umidade ideais pudessem pegar ou brotar em um ano. Com isso atenderia a necessidade de mudas requisitadas usando os ramos das árvores mais produtivas.

III – Semeadura – é o processo de propagação mais simples, artesanal, mais barato e também o meu preferido, uma vez que faço isto por prazer e não tenho grandes demandas de plantas senão as minhas próprias. Considerando que neste texto este é o processo principal, tome nota de algumas dicas de como fazer mudas utilizando os saquinhos de polietileno.

A) Vantagens do uso do saquinho para o plantio de sementes:

* Facilidade de irrigação e cuidados – porque você reúne vários deles em um só lugar próximo da sua casa, no quintal da cidade ou mesmo na cobertura de um prédio. Isto seria um viveiro ou para quem nunca trabalhou com mudas, diria que é um berçário de plantas.

* A segunda vantagem : com as mudas crescidas, podem ser plantadas de forma definitiva em qualquer lugar. Mesmo a quilômetros de distância. Por exemplo, meu pai (já falecido) adorava doce de cidras. Quando eu ainda era criança, ele trouxe algumas mudas de um sítio perto de Mariana, Minas Gerais. Além do famoso doce de cidra de “curtir”, a casca desta planta cítrica, quando utilizada em muitos tipos de doces, simplesmente deixa um aroma fantástico. Ao perceber que as cidreiras estavam morrendo, era minha função fazer novas mudas para que não se perdesse a espécie. Recentemente, trouxe das Gerais um fruto maduro da tal cidreira ,para fazer as mudas aqui mesmo na Capital paulista. Seis meses depois, além de presentear alguns amigos com algumas mudas, viajei 900km com dezenas delas de volta para plantar no sítio da família, no Vale do Rio Doce. Quando você faz uma muda dentro de um saquinho de polietileno (plástico) ela pode ser transportada com segurança para qualquer lugar sem ferimentos.

* Há plantas que não podem ser arrancadas do chão e transplantadas em outro lugar, pois não emitem novas raízes – é o caso do mamoeiro. Outras, precisam justamente ser arrancadas e transplantadas para que desenvolvam melhor suas raízes – os tomateiros, pimentões, alfaces, escarolas, cebolas, salsas etc. Tratando-se de árvores, na dúvida se a espécie pode ser arrancada ou não, é muito mais seguro e prático encher saquinhos de terra misturada, colocar ali as sementes, e quando as mudas estiverem grandinhas plantá-las no lugar definitivo, previamente escolhido – cortando apenas o fundo da embalagem de polietileno, sem ferir as raízes.


B) Terra, ferramentas, embalagens e dicas para semear um viveiro de plantas.

* Embalagem econômica – o saquinho de polietilileno do tipo usado para produzir mudas de café, é o mais indicado para testes de pequenas quantidades e plantas pequenas. Fiz um teste com algumas sementes de jatobazeiro, e ele se mostruo pequeno demais. A mudinha germinou enorme. Daí, um saquinho com dimensões entre 20 a 25cm de altura por 10 a 12,5 em de diâmetro, já cheio de terra - mostrou-se o mais indicado. Existe o saquinho intermediário de 15cm altura por 10cm de diâmetro. Nas grandes e pequenas cidades isto pode ser adquirido nas casas agrícolas. O custo do milheiro deles (do menor) fica em torno de R$7,00 a R$15,00. Há saquinhos de muitos tamanhos, estamos falando de um dos menores deles – os usados para semear café. Para árvores não frutíferas há saquinhos maiores e mais adequados.

* A terra para encher os saquinhos pode ser uma mistura de três componentes, 1/3 de terra vermelha de barranco de estradas ou argilosa; 1/3 de areia de construção média, e 1/3 de material orgânico; minha preferência é por esterco de gado seco (boi), na falta dele esterco de galinha ou terra vegetal. Este é o trio: Argila, areia e matéria orgânica.

* A terra deve ser bem misturada com uma enxada e pá. Use um carrinho de pedreiro para medir a argila, areia e a matéria orgânica. Depois de ter misturado os três substratos faça um monte e abra uma cratera nele, como se fosse um pequeno vulcão.

* Dentro desta cratera de “vulcão” adicione três baldes com água, um de cada vez e não deixe entornar. Use balde de 10 litros e ponha três colheres de cal de parede dentro de cada um e misture bem com a água. O cal pode ser encontrado em qualquer casa de materiais de construção. A função do cal é neutralizar a acidez, comum em terras brasileiras. Em terras ácidas, muitos macros e micronutrientes minerais ficam indisponíveis às raízes das plantas. É como se os alimentos existissem mas estivessem trancados à chaves.

* Ferramentas usadas para trabalhar na construção de um viveiro: enxada, pá, carrinho de pedreiro, balde de 10 litros, uma peneira de arame de crivo médio para groso, um pedaço de cano ou uma garrafa pet serrada ao meio, para encher os saquinhos de terra.

* A mistura de terra deve ser peneirada antes de ir para os saquinhos. Por isso atenção neste detalhe: quando você misturar argila+areia+matéria orgânica em seguida vai adicionar a água com o cal. Se usou como medida os carrinhos de pedreiro, sei que três baldes com 10 litros de água (com o cal) não vão transformar a mistura em barro. Depois de colocada a água e feito a mistura, a terra deve ficar úmida. Nem seca e nem barrenta, justamente no ponto para passar com facilidade pelos crivos da peneira.

* Para encher os saquinhos do tipo café no monte de terra duas improvisações legais: Ou um pedaço de cano comum de duas polegadas de diâmetro e 20cm de tamanho ou uma garrafa PET gramde de yogurte serrada ao meio.A boca desta garrafa é bem mais larga que as pets de refrigerante. No uso dos dois, gostei mais do segundo. Você veste a boca do frasco de yogourte dentro do saquinho e  segura. Com a outra extremidade da garrafa você enche de terra e levanta o saquinho. É bem rápido. No uso do pedaço de cano, você primeiro “veste” o saquinho dentro dele, para depois enfiá-lo no monte de terra e erguê-lo. Eu prefiro a garrafa PET. Essas duas “ferramentas” aumentam a velocidade do acondicionamento da terra dentro dos saquinhos.

* Ao encher os saquinhos com terra, segurá-los com as mãos e “bater” o fundo deles no chão para que a terra fique com os volumes corretos.

* Esterilização da terra misturada – se você quiser adicionar um pouco mais de tecnologia no processo de fazer suas mudas através de sementes, anote mais esta dica. Quando você mistura a argila com areia e matéria orgânica, ali existem fungos, nematóides e outros micróbios que vão parasitar as primeiras raízes das plantinhas. Quando você esteriliza a terra, dependendo do grau da esterilização, eliminará as pragas indesejáveis na mesma proporção. Conheço três métodos: dois naturais – a luz do sol e o calor do fogo. E um químico, que não uso: a fumigação com brometo de metila.

** A luz do sol – depois que misturar argila, areia e matéria orgânica, espalhe o composto bem ralo sobre uma superfície cimentada. Ajunte para depois revirar com a enxada umas três vezes por dia. Debaixo de uns três dias de sol forte, é provável que todos os fungos e micróbios tenham sido eliminados. Detalhe somente molhe a mistura com água e cal depois da insolação. Este método é melhor e mais seguro para uso em escolas.

** O calor do fogo també pode ser usado. Mas apenas em sítio e com muito cuidado. Não o recomendo para outro lugar.

** O Brometo de Metila também serve para esterilização. Como é perigoso e precisa de cobrir a terra muito bem com lonas plásticas para que não escape o gás, não é recomendável para experimentos por pessoas inexperientes.


C) O plantio, irrigação e sombreamento das sementes plantadas em saquinhos

* Encha o saquinho usando o pedaço de cano ou a meia garrafa PET até uns 4 ou 5cm da borda. Bata o saquinho no chão para a terra acomodar no nível correto.

* Coloque duas ou três sementes - separadas uma das outras – sobre a terra. e acondicione um saquinho junto do outro – no lugar escolhido para o viveiro, tanto em estufa, ou tendal coberto de folhas de palmeira, a semelhança de plantio de sementes de café. Depois de semeado o último saquinho, molhe bem – com água limpa - um por um. usando por exemplo uma garrafa PET com a tampa com um furo razoável. De nada adiantaria esterilizar todo o composto se na hora de irrigar a água for suja e contaminada.

* Depois de todos os saquinhos semeados e irrigados, passamos à etapa de cobertura das sementes. Cada semente tem uma profundidade adequada. Para sementes de árvores em termos gerais creio que uma cobertura de 2 a 3cm da mesma terra é o suficiente. Mas cada caso é um caso. Recapitulando: saquinho cheio e socado a 4cm da borda; semeado com duas ou três semente espalhadas sobre a terra; irrigação com água limpa, cobertura com terra até um centímetro da borda.

* Bom senso: o saquinho semeado e pronto deve estar com um volume de terra até um centímetro abaixo da borda. Se a profundidade certa para a semente for de dois centímetros, somando com o espaço vazio até a borda são 3cm. Isto significa que no primeiro enchimento com terra deve ser feito a 3cm da borda. No caso de minhas mudas de cidra, mamoeiro e maracujazeiro procedi assim. Contudo sei que existem árvores cujas sementes demandariam que suas sementes fossem colocadas em profundidades maiores.

* Irrigação – Eu costumo colocar as mudas em uma superfície cimentada e plana, para efetuar duas formas de irrigação simultâneas. Por inundação e por aspersão. os saquinhos têm furos no fundo e nas laterais. Considerando uma quantidade de 300 saquinhos acondicionados em um espaço plano e cimentado de 2,5m por 60cm de largura, deixo três espaços vazios para despejar a água de três baldes, um em cada espaço. Esta água irriga “subindo” na terra de cada um. É uma irrigação bem rápida. Entretanto a terra da superfície que está sobre as sementes costuma não ficar umedecida, daí ser necessário irrigar cada saquinho com uma garrafa PET com a tampa furada ou com um regador de crivos finos. O importante é que a terra dos saquinhos fiquem mesmo a um centímetro da borda, para que o plástico não dobre sobre ela e impeça uma correta irrigação.

Nível de umidade – evitar os dois extremos: nem barro nem terra seca. Irrigar cedo de manhã e à tardinha. Para irrigar corretamente, retirar a cobertura do sombreamento.

* Sombreamento – sementes germinam corretamente no escuro. Há casos como as de eucalipto que se não ficarem completamente cobertas em escuridão total - não germinam. Por isso, é preciso fazer o sombreamento. Mesmo debaixo de estufas devem ser sombreadas à escuridão. Em minhas mudas de mamoeiro, cidras e maracujazeiros em pequenas quantidades uso folhas de jornal. Em médias quantidades, sem estufa, uso folhas de palmeiras, sobre estrutura de madeira ou bambu, primeiramente a pouca altura dos saquinhos, para completa escuridão; depois subindo gradativamente à medida que germinam até poderem receber a luz do sol da manhã e depois retirando completamente. Aqui também o bom senso precisa atuar: a proteção do sombreamento é usada do plantio à germinação; germinando as sementes e apresentando as primeiras folhinhas, as mudinhas devem ser “apresentadas” ao sol. Como disse no começo o processo de aprendizagem para estas coisas é caso a caso e dinâmico. Só o exercício vai levar à acumulação do conhecimento.

D) Adubação química

Se você quiser adicionar de novo um pouco mais tecnologia ao processo de fazer suas mudas a partir de sementes, anote mais algumas dicas.

* quando você adicionou matéria orgânica em seu composto de terra, e usou a luz do sol para esterilizá-lo, ficou tudo bem com a adubação orgânica. Quando você adicionou 3 colheres de cal de parede em cada balde de 10 litros de água e molhou a argila+areia+matéria orgânica você teoricamente corrigiu a acidez que é prevalente nos solos brasileiros, ainda mais que dois terços do composto que você fez eram de areia e matéria orgânica – ácidos por natureza. Mas quimicamente, isto é, uma reposição dos macro e micro elementos ausentes na terra, você ainda não fez nada.

* Os solos brasileiros já exauridos são muito pobres principalmente em P – Fósforo, um macronutriente ligado diretamente frutificação. Em segundo lugar e com menos intensidade de N – Nitrogênio e depois em K – Potássio. Adubar quimicamente seria repor estes elementos no solo. As fontes desses elementos que os encontramos no mercado vem de processos químicos de fabricação, embora o fósforo possa ser adquirido de pedras naturais. Considerando apenas estes macronutrientes, a conhecida fórmula NPK.

* Existe quatro formas básicas de adubação. A adubação de cova ou de fundo de cova cuja fórmula mais conhecida é a 04-14-08 ou 4% de N(Nitrogênio) 14% de P(Fósforo) e 8% de K(Potássio). Por que esta adubação deve ser feita no fundo da cova? Porque o Fósforo uma vez na cova ele não “sobe” nem “desce” sob o efeito da irrigação. A raiz da planta tem de passar por ele para que absorva este elemento. O Potássio tem uma mobilidade mediana e o Nitrogênio já se desloca pela ação da água de irrigação. Por isso as fórmulas de adubação de cova são colocadas abaixo das sementes para que ao germinarem as raízes passem pelos adubos.

* Importante – as sementes não podem ficar em contato direto com o adubo químico, sob pena de desidratação ou serem “queimadas”. O adubo deve ficar a uns três dedos ou quatro centímetros abaixo das sementes. Entre a semente e o adubo químico é claro que fica a terra. Repetindo a fórmula de NPK para adubação de cova é a popular 4-14-8.

* A segunda forma de adubação chama-se adubação por cobertura. Neste tipo de adubação – que não é usado em viveiro de mudas em saquinhos de polietileno, a fórmula química é colocada ligeiramente abaixo da superfície do solo, para que pela ação da água de irrigação ou da chuva desça até às raízes de uma planta jovem ou adulta já transplantada para seu lugar definitivo. Em são Paulo conheço a Fórmula NPK 10.10.10 – 10% de N(Nitrogênio) e a mesma porcentagem de Fósforo e Potássio – produzidos com geralmente a partir de fontes de Elementos diferentes da fórmula de adubação de cova.

* A terceira forma de adubação chama-se adubação foliar. Ela pode ser usada em duas situações. Na primeira quando houve algum erro ou em adubações de cova ou de cobertura. Para sanar imediatamente a deficiência adquire-se produtos disponíveis no mercado, geralmente em pacotes de um, dois quilos que podem ser diluídos em água e aplicados com pulverizadores diretamente sobre as folhas das plantas, na parte da manhã quando os estômatos das folhas ainda estão abertos. A segunda situação acontece quando existe uma deficiência ou sintoma de carência de um micronutriente, como por exemplo Zinco, Boro e algumas vezes Cálcio. É muito mais econômico pulverizar com com 20 30 gramas em água diretamente sobre a planta, que despejar centenas de quilos de uma fonte desses Elementos no solo de grandes ou pequenas áreas. Ainda mais se considerarmos que bastam duas aplicações assim por ano ou nem isso.

* A quarta e mais sofisticada fórmula de adubação é feita diretamente na água da irrigação, sendo primeiramente usadas em estufas com plantios hidropônicos e depois em plantios abertos por sistemas de gotejamento. Naturalmente isso não é usado em processos artesanais de semeadura em saquinhos.

Ufa! Acho que aí está uma boa parte do conhecimento sobre agricultura que este matuto, aprendeu praticando. Hoje ele fala inglês e a contragosto mora longe do sítio.

cruzue@gmail.com



quarta-feira, 30 de julho de 2008

Parque Estadual da Serra do Rola-Moça em Belo Horizonte



F O T O S
clicadas na tarde de quarta-feira, 23.07.2008
Na subida do Parque Estadual da Serra do Rola-Moça em Belo Horizonte
Photos

Shot in the afternoon of 07.23.2008
At Rollingbride Sierra State Park in Belo Horizonte City - Brazil.
Photos by João Cruzue
Pque Rola-Moa Bhz 6Vista parcial do Parque Estadual da Serra do Rola Moça - Zona Sul de Belo Horizonte

Photo: by João Cruzue
Pque Rola-Moa Bhz 14
Cacho de flores de cipó desconhecido


Photo: by João Cruzue
Pque Rola-Moa Bhz 15Cacho de flores de cipó desconhecido


Photo: by João Cruzue
Flores de Fruta de Lobo-3Flores de fruta-do-lobo

Photo: by João Cruzue
Flor de Fruta de Lobo
Flor de fruta-do-lobo

Photo: by João Cruzue
Flores de Fruta de Lobo-2
Flores de fruta-do-lobo


Photo: by João Cruzue
Photobucket
Flores de assa-peixe


Photo: by João Cruzue
Photobucket
Arbusto em flor, desconhecido


Photo: by João Cruzue
Cip So Joo
Cacho de flores de Cipó de São João


Photo: by João Cruzue
Cip So Joo 3
Cacho de flores de Cipó de São João


Photo: by João Cruzue
Cip So Joo
Flores de Cipó de São João


Photo: by João Cruzue
Quaresmeira 2
Quaresmeira


Photo: by João Cruzue
Quaresmeira
Quaresmeira


Photo: by João Cruzue
Pque Rola-Moa Bhz 8
Flor não conhecida


Photo: by João Cruzue
Fruta do Lobo
Fruta-do-Lobo



Photo: by João Cruzue
Photobucket
Pingos de amor


Photo: by João Cruzue
Pque Rola-Moa-Bhz3
Flor de planta não conhecida


Photo: by João Cruzue
Photobucket
Capim colorido


Photo: by João Cruzue
Pque Rola-Moa-Bhz2
R.F.F.S.A. na subida do Pongelupe para o Parque da Serra do Rola-Moça.
clique nas fotos para ampliar

Agora se você pensou que sou fotógrafo, enganou-se.
Eu gosto mesmo é de escrever: Mensagens de João Cruzué

cruzue@gmail.com

Informações Básicas do Parque Estadual da Serra do Rola-moça.

Pelo IEF -Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais


"O Parque Estadual da Serra do Rola-Moça é uma das mais importantes áreas verdes do Estado. Situado na região metropolitana de Belo Horizonte, é o terceiro maior parque em área urbana do país e abriga alguns dos mananciais que abastecem a capital.

O nome do Parque foi contado em "causo" e imortalizado por Mário de Andrade em um poema que relata a história de um casal que, logo após a cerimônia de casamento, cruzou a Serra de volta para casa. No caminho, o cavalo da moça escorregou no cascalho e caiu no fundo do grotão. O marido, desesperado, esporou seu cavalo ribanceira abaixo e "a Serra do Rola-Moça, Rola-Moça se chamou".

A unidade de conservação está localizada nos municípios de Belo Horizonte, Nova Lima, Ibirité e Brumadinho e foi criada em 27 de setembro de 1994, coma publicação do Decreto 36.071.

Patrimônio Natural


Os 3.941,09 hectares do Parque Estadual da Serra do Rola-Moça são habitat natural de espécies da fauna ameaçadas de extinção como a onça parda, a jaguatirica, lobo-guará, o gato-do-mato, o macuco e o veado campeiro.

O Parque está situado numa zona de transição de Cerrado para Mata Atlântica, rico em campos ferruginosos e de altitude. A vegetação diversificada proporciona ao Parque um colorido especial e um relevo peculiar, sendo encontradas espécies como orquídeas, bromélias, candeias, jacarandá, cedro, jequitibá, arnica e a canela-de-ema, que se tornou o símbolo do Parque. Recentemente descrito pela Geologia, o Campo Ferruginoso é muito raro, sendo encontrado apenas em Minas Gerais, no quadrilátero ferrífero e em Carajás, no Estado do Pará.

O Parque abriga seis importantes mananciais de água - Taboões, Rola-Moça, Bálsamo, Barreiro, Mutuca e Catarina - declarados pelo Governo Estadual como Áreas de Proteção Especial. Eles garantem a qualidade dos recursos hídricos que abastecem parte da população da região metropolitana de Belo Horizonte. Para assegurar a proteção destes mananciais, esta área não está aberta à visitação pública.

Infra-estrutura


Na entrada de Nova Lima, o Parque possui um Centro de Visitantes com auditório, para 90 pessoas, salas para reuniões e para Polícia de Meio Ambiente. Na entrada pelo Barreiro, em Belo Horizonte, há outro Centro de Visitantes com auditório para 60 pessoas, salas da administração, além de residências para funcionários e casa do Grupamento de Polícia de Meio Ambiente.

Visitação:

O Parque não possui área de camping e a visitação deve ser feita no período diurno. Horário de funcionamento: 7 às 17h - Telefone para contato: (31) 3581.3523

Como chegar:

Saindo de Belo Horizonte, pegar a BR- 040 no sentido Rio de Janeiro. Entrar à direita no Posto Chefão, segunda rua à direita (Montreal), no bairro Jardim Canadá. Prosseguir até a portaria principal do parque. A distância do Posto Chefão ao parque é de cerca de 3 km, em estrada de terra."
Photo by Joao Cruzue
Serra do Parque Rola-Moa BHZ


João Cruzué
cruzue@gmail.com
Blog Olhar Cristão

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